Objetivo
A empreitada lançada pela Câmara Municipal de Ovar teve por objetivo a construção de um equipamento público para a prática de voleibol, basquetebol, hóquei em patins e futebol de salão.
Implantação
O terreno disponibilizado integra-se numa área limítrofe à cidade que, devido à sua facilidade de acessos e proximidade com vias importantes, ficou reservada, no âmbito do Plano Diretor Municipal, para construção de equipamentos de interesse concelhio.
O edifício projetado está implantado no lado poente do terreno, junto ao cruzamento das vias que o servem, formando com elas uma pequena praça pedonal pavimentada. No topo nascente /sul, instalou-se um parque de estacionamento para autocarros escolares e veículos ligeiros. A restante área do terreno (a norte e nascente) ficou reservada para construção futura de campos de jogos ao ar livre.
Organização funcional | volumetria
O programa do pavilhão desportivo tem por base as diretrizes as Fichas Técnicas elaboradas pelo Instituto do Desporto de Portugal. O edifício contempla 5 grupos funcionais que foram integrados em três volumes: o principal, alberga o espaço nuclear da construção (área de jogo com 44x25m) e uma bancada fixa dimensionada para cerca de 300 espectadores sentados; os dois volumes secundários, de cércea inferior, englobam os espaços de serviços, balneários e sanitários de praticantes e monitores.
Conceito | Opções técnicas
A elaboração deste projeto partiu da ideia de que os sistemas construtivos, bem como os materiais a eles associados, deveriam refletir a estrutura organizacional do Gimnodesportivo. Desta forma, o edifício tira partido de dois sistemas construtivos distintos: um mais convencional e frio, em betão armado; e um outro mais arrojado e quente, numa estrutura de pilares e vigas de madeira lamelada que suporta os painéis exteriores e as forras interiores de madeira.
O uso da madeira para estruturar e revestir a nave central (pelo exterior e interior) permitiu:
• Demarcar e valorizar o volume da nave central (zona de jogo e bancada) das restantes volumetrias e espaços mais secundários de apoio a eventos e prática desportiva.
• Criar uma referência suficientemente forte para encaminhar o público, sem hesitações, para a nave central onde decorre o evento desportivo.
• Construir integralmente o volume (caixa) e vencer os seus vãos com uma estrutura de madeira Lamelada colada.
• Atingir um elevado grau de conforto acústico mesmo durante a realização de um evento com lotação esgotada, graças a um sistema de parede (envolvente exterior) composto por: madeira maciça + painel de OSB + estrutura de madeira + absorsor/isolamento acústico + réguas de OSB espaçadas entre si.
• Propiciar um ambiente quente e acolhedor, na zona destinada aos eventos desportivos e bancada anexa, como contraponto à frieza do betão e do cinzento das zonas secundárias de apoio.